quarta-feira, 16 de abril de 2008

O leite e os seus derivados


Rico em proteínas, hidratos de carbono, sais minerais, vitaminas e outros nutrientes, o leite é um alimento extremamente completo, que deve fazer parte de qualquer dieta equilibrada. Gordo, meio-gordo ou magro, a quantidade de gorduras saturadas presente no leite é pouco significativa, sendo que o seu nível de colesterol é dos mais baixos entre os produtos de origem animal. "O leite é de facto um alimento muito completo e essencial ao longo da vida", refere a nutricionista Aline Maia, "desde que adaptado às necessidades de cada idade e de cada pessoa".
Numa fase inicial da vida o leite materno é o mais indicado, seguindo-se depois o leite ultra-pasteurizado. "O nosso organismo tem um limite de absorção para cada nutriente e o seu consumo em excesso pode tornar-se prejudicial", adverte. Por isso, a partir do momento em que as crianças começam a diversificar a sua alimentação, o consumo de leite meio-gordo é o mais adequado. No entanto, no caso de patologias específicas, como por exemplo a obesidade, "recomenda-se o consumo de leite magro, que fornece a mesma quantidade de cálcio que o leite meio-gordo e o leite gordo, tendo apenas a desvantagem de não fornecer tantas vitaminas lipossolúveis, uma vez que tem menos gordura", adianta a nutricionista. Contudo, apesar de importante, o consumo de leite deve ser sempre feito com conta, peso e medida, sendo que "hoje em dia há tantos produtos lácteos no mercado, que quando consumidos juntamente com o leite não trazem qualquer benefício para a saúde, uma vez que promovem um excesso proteico, que vai sobrecarregar a parte renal e causar problemas futuros", diz a Dra.Aline Maia. Enquanto derivados do leite, tanto os iogurtes como alguns queijos herdam os seus benefícios nutricionais sendo óptimos substitutos do mesmo. "Os iogurtes, por exemplo, são muito mais facilmente digeridos pelo organismo e ao nível da flora intestinal têm inúmeras vantagens. O importante é saber escolher. Os magros de aroma ou de pedaços são sempre a melhor opção", explica a nutricionista. Em relação aos queijos o importante é ter em conta que " os mais saudáveis são o queijo fresco, o requeijão e todos aqueles que têm cerca de 45%, ou menos, de gordura". Conhecido como sendo o mineral de maior interesse na constituição do leite, o cálcio tem de facto muita importância na mineralização dos ossos, pelo que o seu consumo é fundamental na prevenção de futuros casos de osteoporose, nomeadamente nas mulheres, que aquando da menopausa, sofrem um acentuada perda de cálcio por razões de carácter hormonal. No entanto, para quem não gosta de leite, a situação não é dramática, porque "há inúmeros vegetais e produtos hortícolas que são riquíssimos em cálcio", adianta a nutricionista, salientando que "a couve-galega, por exemplo, tem um tipo de cálcio mais facilmente absorvido pelo organismo do que o leite em si. Todos os legumes de folha verde escura, como por exemplo, os espinafres e os brócolos, são ricos em vitamina D e permitem a prevenção da osteoporose e de outros problemas ósseos".

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