segunda-feira, 21 de abril de 2008

Crise do mercado dietético

No último mês foram lançados alertas em Portugal e Espanha sobre o consumo de produtos dietéticos “DEPURALINA” e produtos da marca “Herbalife”. A estes produtos dietéticos são-lhes atribuídos benefícios de emagrecimento e melhorias do bem-estar geral do consumidor.
Em Portugal, as “fortes suspeitas” de casos de reacção alérgica e toxicidade no fígado devido ao consumo de “Depuralina” surgiram após a notificação de “três casos graves de doença aguda, e após análise por especialistas” de três instituições. A ASAE- Autoridade de Segurança Alimentar, já retirou mais de 514 quilos de Depuralina do mercado português. As operações de fiscalização começaram quando foi emitido o alerta conjunto da direcção geral de saúde (DGS), Ministério de Agricultura e Infarmed, espalhando-se por todo o pais.
Já em Espanha foram denunciados 9 casos de toxicidade hepática registados entre 2003 e 2007 em pessoas que tomaram o produto dietético Herbalife levando as autoridades espanholas de saúde a investigar uma relação causal entre a toma do produto e a toxicidade verificada.
Os produtos são distribuídos ao domicílio, o que “dificulta muito o acompanhamento dos produtos, que legalmente deveria abranger toda a cadeia alimentar desde o início até ao consumo”, refere o Ministério da Saúde Espanhol.
Depois de concluídas as investigações, o governo informara de eventuais medidas adicionais, além da recomendação para que os produtos não sejam consumidos.
Para a associação portuguesa de nutricionistas, o problema reside no facto dos dietéticos serem tomados sem aconselhamento médico. “Ao ser um produto natural não quer dizer que seja isento de riscos” porque “tem princípios activos”, que, dependendo da “dosagem em questão presentes, desencadeiam acções no nosso organismo que podem não ser benéficas”, explicou Alexandra Bento, nutricionista.

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